José Eudes Baima Bezerra
Recentemente, em mesa-redonda
promovida pelo PET de Geografia (UECE, Itaperi) na comemoração de seus
15 anos, anunciei sem desenvolver a seguinte idéia: o chamado
pós-modernismo é a recepção, no campo das idéias, dos fenômenos de
regressão social que observamos na virada dos sécula XX para o século
XXI, isto é, uma aceitação teórica do retorno ao pré-modernismo (daí o
apego das linhas de pensamento enquadradas no pós-modernismo a
categorias como tribalismo, comunidade, localismo, subsidiariedade,
etc.). Tratar-se-ia, assim, nesse insight não desenvolvido que tive
durante o evento, de uma justificação teórico-ideológica dos processos
de destruição das conquistas civilizatórias impostas ao sistema do
capital pela luta da classe operária, um fenômeno, aliás, peculiar ao
período moderno, isto é, ao período histórico caracterizado pela
propriedade privada dos grandes meios de produção.
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[Resposta]
Claudiana Nogueira de Alencar
Gostaria
de me livrar da dispneia que me toma agora, fruto de uma bronquite, que
me impediu inclusive de participar de nossa assembleia, para responder
ao artigo do prof. Eudes mais demoradamente. Não porque eu seja
especialista no assunto, ou defensora das ideias de Maffesoli ou mesmo
simpatizante dos teóricos ditos pós-modernos ou de suas (im)posturas
intelectuais, estando mais propensa a crer , como alguns dos seus
críticos, que tal movimento representa a “cínica e tardia vingança da cultura burguesa contra seus antagonistas revolucionários”. É
porque, há tempos, tenho tido admiração pelas colocações escritas ou
orais do prof. Eudes [José Eudes Baima Bezerra], sempre apropriadas e
argutas, que achei muito ligeira a adesão da nota ao pensamento
monossêmico que generaliza tendências neoconservadoras de natureza
política, cultural e epistemológica na forma de um pensamento dito
“pós-moderno”, ao mesmo tempo em que aposta ingenuamente nos ideais
iluministas, icônicos da modernidade, como responsáveis pelas
progressistas conquistas da classe trabalhadora, sem, ao menos, mostrar
desconfiança no que tange ao mesmo projeto da modernidade, que como uma
terrível paródia da utopia socialista, tem construído reconfigurações do
sistema capitalista tradicional, em suas formas mais sutis de
exploração humana. Não podemos pensar “o moderno” e/ou o pós-moderno
assim, como um conceito (ou pseudoconceito) unidimensional.
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O que é pós-modernidade? Um diálogo com Agnes Heller e Ferenc Fehér
Francisco Antonio da Silva
Um dos temas principais que
ronda a arena das Ciências Sociais e Humanas é a questão da
pós-modernidade. Teóricos da Sociologia, Antropologia, Ciência Política,
Filosofia e História limitam seus esforços intelectuais a redefinirem o
campo de atuação de suas respectivas áreas. Argumentam que as
sociedades ocidentais não podem mais ser compreendidas a partir dos
“velhos” referenciais teórico-metodológicos herdados do século XX.
Argumentam também que a modernidade já não mais existe (daí insistirem
na pós-modernidade enquanto discurso e ao mesmo tempo processo).
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