terça-feira, 9 de março de 2010

Revista LABOR

O segundo número da Revista do Laboratório de Estudos do Trabalho e Qualificação Profissional (Labor), da UFC, acaba de ser publicado. O Labor é vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Educação da UFC. A publicação, que tem conselho editorial e científico internacionais, publica artigos, entrevistas e ensaios inéditos na área de Trabalho e Educação, Marxismo, Teoria Crítica. O segundo número traz entrevistas com Michael Löwy e o Prof. Arno Münster.
"Estamos abertos permanentemente à recepção dos trabalhos que, após passarem pelo comitê científico, serão publicados pela ordem de aprovação nos números semestrais da revista", diz Enéas Arrais Neto, editor da revista, Coordenador do Labor e do Programa de Pós-Graduação em Educação da UFC.
Confira, em especial, o artigo "Qual alternativa? Uma questão tecida na esperança do futuro" da Profª Beth Furtado, pesquisadora do CETROS – Centro de Estudos do Trabalho e da Ontologia do Ser Social e Secretária do SINDUECE – Sindicato dos Docentes da Universidade Estadual do Ceará.
RESUMO

A inegável e crescente desumanização e coisificação do homem, visível para além do fantástico shopping center que o capital projetou transformar o mundo, mostram o aprofundamento das contradições e o esgotamento das soluções emergenciais propostas pelo capital para a crise que nos dias atuais assumiu a forma estrutural e atingiu proporção global. A adoção de uma linha de menor resistência como opção histórica do capital no percurso da sua reprodução exalou um espectro de morte anunciada que se faz sentir não somente pela produção do desperdício exigido pela necessidade de aceleração do tempo de circulação - consumo; pelo recrudescimento dos conflitos que se transferem do âmbito interno à esfera internacional na forma de conflitos bélicos manipulados pelo capital; e, também, pelo colapso do modo de controle do incontrolável capital. A pulsão das contradições advindas do imperativo de expansão do capital, frente ao que parece ser a única alternativa histórica para a humanidade, não revela na expressão fenomênica da circulação globalizada a exaustão da sua base produtiva. Viver num mundo aparentemente sem alternativa obriga a pensar para além dele. A proposta deste artigo é refletir sobre a crise do capital mundializado e o desafio da construção do futuro da humanidade.

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