O Prof. Dr. Epitácio Macário, presidente da SINDUECE (Sindicato dos Docentes da UECE), participou de debate sobre a carência de professores nas universidades estaduais do Ceará, realizado no auditório da FAFIDAM, no dia 08 de junho de 2011. Em sua intervenção, Macário expôs a tese de que as universidades estaduais cearenses (UECE, UVA e URCA), apesar de terem sido concebidas pelas elites político-econômicas do estado como meio fortalecer as relações oligárquicas sob os governos dos coronéis e, em seguida, terem sido remodeladas pelos jovens empresários que encabeçavam o “governo das mudanças”, essas universidades se encontram, desde meados dos anos 90, em franco processo de “sucateamento”, beirando, por vezes, o completo abandono. Prova disso, diz o professor e sindicalista, é o “vácuo” existente entre as lideranças políticas e empresariais do estado quanto ao destino dessas instituições, o que revela não apenas a incapacidade de planejamento que é própria dessas lideranças, mas também seu intrigante e injustificável desinteresse para com a formação em nível superior. A recente expansão da rede federal de ensino superior, técnico e tecnológico, além da oferta de vagas nas faculdades privadas – pensam governantes e empresários - tornaria desnecessária e onerosa uma política de desenvolvimento das universidades públicas estaduais.
No entanto, a grande contradição gestada desde o “parto” dessas universidades, segundo o presidente da SINDUECE, vem à tona quando se tem em vista os impactos sócio-culturais e a função política que estas instituições cumpriram e continuam cumprindo, não apenas na capital, mas fundamentalmente no interior do estado, onde foram instalados diversos campi que, malgrado o discurso da interiorização e as condições precárias em que funcionam, surpreendem pela capacidade de formação qualificada de professores. Não por outro motivo, os principais interessados em soerguer do abandono essas instituições ou, quando necessário, enfrentar os interesses patrimonialistas encastelados são justamente aqueles que vêem na formação superior não apenas um meio de garantir sua subsistência ou a qualificação técnica exigida pelo mercado, mas uma condição para o livre desenvolvimento de suas capacidades e para a fruição da cultura em geral, proporcionada pela integração entre sociedade e academia, demarcando com isso as linhas fundamentais do projeto de universidade que estão dispostos a construir. Por isso mesmo, interessa à SINDUECE se juntar a esses atores, desbordando, inclusive, os limites conjunturais da luta sindical, assentados na melhoria das condições de trabalho e nos planos de carreira dos docentes, e intervir concretamente na discussão em torno de um projeto de universidade “pública, gratuita, democrática e de qualidade”.
No entanto, a grande contradição gestada desde o “parto” dessas universidades, segundo o presidente da SINDUECE, vem à tona quando se tem em vista os impactos sócio-culturais e a função política que estas instituições cumpriram e continuam cumprindo, não apenas na capital, mas fundamentalmente no interior do estado, onde foram instalados diversos campi que, malgrado o discurso da interiorização e as condições precárias em que funcionam, surpreendem pela capacidade de formação qualificada de professores. Não por outro motivo, os principais interessados em soerguer do abandono essas instituições ou, quando necessário, enfrentar os interesses patrimonialistas encastelados são justamente aqueles que vêem na formação superior não apenas um meio de garantir sua subsistência ou a qualificação técnica exigida pelo mercado, mas uma condição para o livre desenvolvimento de suas capacidades e para a fruição da cultura em geral, proporcionada pela integração entre sociedade e academia, demarcando com isso as linhas fundamentais do projeto de universidade que estão dispostos a construir. Por isso mesmo, interessa à SINDUECE se juntar a esses atores, desbordando, inclusive, os limites conjunturais da luta sindical, assentados na melhoria das condições de trabalho e nos planos de carreira dos docentes, e intervir concretamente na discussão em torno de um projeto de universidade “pública, gratuita, democrática e de qualidade”.